terça-feira, 11 de janeiro de 2011

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 142

O VAPOR "AVIZ" AO DEMANDAR O PORTO DE LEIXÕES DEVIDO A UMA VOLTA DE MAR FOI COLIDIR COM O ENROCAMENTO DO MOLHE SUL, ABRINDO ÁGUA


O AVIZ varado num areal junto do molhe Norte / foto de autor desconhecido - colecção F. Cabral - Porto /.


A 12/03/1934, pelas, 09h00, o vapor português AVIZ demandava o porto de Leixões, atento ao sinal dos pilotos, debaixo de grande maresia e vento, todavia quando se preparava para cruzar os molhes, foi apanhado por uma violenta volta de mar, a qual originou, que desgovernasse, acabando por colidir pela amura de estibordo com o enrocamento do molhe Sul, ficando arrombado pela ré da chaminé e a fazer água em abundância.

Por dentro dos molhes encontrava-se a lancha dos pilotos P5, estando a bordo os pilotos Alfredo Pereira Franco e o José Fernandes Amaro Júnior, subindo a bordo o primeiro dos dois, que era o piloto de escala para aquele vapor. O AVIZ sempre a fazer água e a querer arriar-se, foi de seguida e sem perda de tempo varado num areal sobranceiro ao molhe Norte, a fim de não submergir por completo.

Após terem sido, provisoriamente colmatados os vários rombos pelos técnicos do salvadego Dinamarquês VALKYRIEN e depois de várias tentativas foi aquele vapor posto a flutuar a 23 de Abril, pelas 12h30, tendo de seguida fundeado a dois ferros ao norte da bacia, a aguardar melhor oportunidade para ser conduzido ao porto de Lisboa, onde em doca seca iriam ser executadas as reparações finais. Chegado o dia 4 de Maio, pelas 08h30, deixou o porto de Leixões a reboque do salvadego VALKYRIEN de rumo ao porto de Lisboa, levando a bordo o cdt. Wittrup, capitão do salvadego e alguns dos seus tripulantes.

Fontes: José Fernandes Amaro Júnior

(continua)

Rui Amaro

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