O INGRIA encalhado na bacia do porto de Leixões em 27/01/1937 - / imagem O Comercio do Porto /.
A 20/03/1934, mau tempo e bastante mar sobre a costa norte. A entrada do porto de Leixões, entre molhes, estava muito assoreada de norte para o meio, o que condicionava o acesso de alguns vapores de maior porte, como o navio-motor Norueguês INGRIA, da linha Marselha/Nova Iorque, ao serviço da Fabre Line, Marselha, que há quatro dias aguardava entrada, e dado que as condições de acesso melhorassem um pouco mas não permitindo a saída da lancha de pilotos P1, foi o piloto Manuel Pinto da Costa conduzido pelo rebocador LUSITANIA, a fim de embarcar fora da barra no INGRIA, que então pilotado se fez ao porto debaixo de mar, sem contudo causar qualquer percalço, fundeando a meio do porto, a dois ferros.
Na bacia do porto de Leixões encontravam-se fundeados, com piloto da barra a bordo, os seguintes vapores: Portugueses IBO, piloto Francisco Soares de Melo; SANTA IRENE, piloto António Duarte; CATALINA, piloto António Gonçalves dos Reis e o pescador FAFE, piloto Joel da Cunha Monteiro; Alemães RABAT, piloto José Fernandes Tato e HERO, piloto Bento da Costa; Inglês JOYCE LEWELLYN, piloto Francisco Piedade; Letão KLINTS, piloto Mário Francisco da Madalena; Holandês RHEA, piloto Aires Pereira Franco e o Espanhol MARI ELI, piloto Joaquim Matias Alves. Entretanto, ao largo da costa pairavam os seguintes vapores aguardando melhoria das condições de tempo e mar para demandarem a barra do Douro: Inglês IGHTAM e LISBON, Italiano NEREIDE, Alemão SATURN e o Norueguês FANTOFT.
INGRIA – 120m/ 4.391tb/ 11,5nós; 08/1931 entregue por Burmeister & Wain, Copenhaga, a A/S Inger, gestores Jacob Kjode A/S, Bergen; 27/01/1937 quando se encontrava fundeado na bacia do porto de Leixões, juntamente com vários navios, devido a um fortíssimo ciclone, foi de garra algumas vezes, causando avarias no seu casco e noutras embarcações, e acabando por encalhar junto da praia da Sardinha. Tempos mais tarde foi posto a reflutuar e reiniciou o tráfego da Fabre Line; 24/02/1943, o INGRIA, inserido num comboio naval, efectuava a viagem do porto de Hull para Nova Iorque em lastro, quando pelas 05h15 foi torpedeado pelo submarino Alemão U-600, KorvettenKapitein Berhard Zumuhlen, entre o porão nº4 e a casa da máquina, lado de estibordo. De imediato, toda a tripulação abandonou o navio nas lanchas salva-vidas, fazendo-se ao largo e logo a seguir foi o INGRIA, que teimosamente não submergia, atingido por novo torpedo, desta vez lançado pelo submarino U-628, KapiteinLeutnant Heinrich Hasenschar, tendo acabado por se afundar nas coordenadas 45.12N/39.17O. Mais tarde, todos os sobreviventes foram recolhidos pela corveta canadiana HMCS ROSTHEM e levados para o porto de S. João da Terra Nova. Daquele comboio foram afundados mais sete navios. Navio gémeo: CYPRIA. A/S D/S Hassel, gestores A/S Rederiet Odfjel, Bergen.
Fontes: José Fernandes Amaro Júnior; Norwegian Merchant Fleet 1939/1945; Lloyd´s Register of Shipping.
(Continua)
Rui Amaro
ATENÇÃO: Se houver alguém que se ache com direitos sobre as imagens postadas neste blogue, deve-o comunicar de imediato. a fim da(s) mesma(s) ser(em) retirada(s), o que será uma pena, contudo rogo a sua compreensão e autorização para a continuação da(s) mesma(s) neste Blogue, o que muito se agradece.
ATTENTION. If there is anyone who thinks they have “copyrights” of any images/photos posted on this blog, should contact me immediately, in order I remove them, but will be sadness. However I appeal for your comprehension and authorizing the continuation of the same on this Blog, which will be very much appreciated.
Sem comentários:
Enviar um comentário