quarta-feira, 3 de julho de 2013

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 302

UM NAVIO DE SILHUETA MUITO ESQUISITA, NUNCA VISTO POR ESTAS BANDAS

A 08/03/1948, pela manhã, deu fundo por fora da barra do Douro, um navio de silhueta muito esquisita, nunca visto por estas bandas, pois era nada mais, nada menos do que um navio mercante convertido de uma barcaça de desembarque de tanques de grande porte da US NAVY.
BARBARA, assim se chamava, e à popa arvorava a bandeira de conveniência do Panamá, e se não estou em erro vinha carregado de carvão. Cerca das 14h00 fez-se à barra orientado pelo piloto Aristides Ramalheira, e foi amarrar a dois ferros, cabos estabelecidos para terra, e ancorote dos pilotos pela popa, no lugar de Oeste da Cábrea. A 10 deixava o rio Douro drigido pelo piloto José Fernandes Amaro Júnior.
BARBARA – imo 6120902/ 100m/ 1.653tb/ 11,5nós; 06/02/1945 lançado à água pelo Chicago Bridge & Irons Co., Seneca, Ilinois; 17/02/1945 aumentado ao efectivo em Algiers, Louisiana; 14/08/1945 USS BRONTES (AGP17); 14/03/1946 abatido ao efectivo; 01/04/1946 MV GP-17??: 1948 BARBARA, 2.210tb, Pan American Steamship Co, Panama; 1948 DIANE, Mineral Transport Corp., Monrovia; 1956 XALAPA, Transportes  Maritimos Mexicanos, Mexico; 27/19/1949 naufragou em Manzanillo, Mexico, devido a um ciclone.

Já em 19/07/1947 demandou a barra do Douro uma barcaça de desembarque mercante de pequeno porte Portuguesa de nome POLVO, conduzida pelo piloto José Fernandes Amaro Júnior, e se não estou em erro numa visita à ria de Aveiro, vi-a atracada aos Estaleiros Navais de S. Jacinto para conversão. Data-base não encontrado, só me recordo que foi adquirida para qualquer actividade ligada às pescas.

Fontes: José Fernandes Amaro Junior, Navesource On-line, Miramar Ship Index
(continua)
Rui Amaro

ATENÇÃO: Se houver alguém que se ache com direitos sobre as imagens postadas neste blogue, deve-o comunicar de imediato. a fim da(s) mesma(s) ser(em) retirada(s), o que será uma pena, contudo rogo a sua compreensão e autorização para a continuação da(s) mesma(s) em NAVIOS Á VISTA, o que muito se agradece.

ATTENTION. If there is anyone who thinks they have “copyrights” of any images/photos posted on this blog, should contact me immediately, in order I remove them, but will be sadness. However I appeal for your comprehension and authorizing the continuation of the same on NAVIOS Á VISTA, which will be very much appreciated. 

domingo, 30 de junho de 2013

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 301

INCIDENTE Á ENTRADA DA BARRA DO DOURO COM IATE-MOTOR “TEÓFILO” – O NAVIO DOS QUATRO AFUNDAMENTOS


O TEOFILO demandando o porto de Leixões em  16.12.1966 / Rui Amaro/.


 O ALENTEJO 1º semiafundado no rio Douro em 02-1936 / Imprensa diária/.



 Os iates-motor TEÓFILO e BATA NOVO antes se irem rio abaixo para o mar, já desalvorados, suportando a grade cheia de 1961-62 /imprensa diária /.


 Os lanchões-motores TEOFILO,  já  semisubmerso, e o PRIMOS pela popa em 18-03-1969 /Rui Amaro /.


21/05/1953, cerca das 15h00, com alguma ondulação, demandava a barra do Douro em lastro, vindo de Leixões, onde estivera a descarregar sal, conduzido pelo piloto José Fernandes Amaro Júnior, o iate-motor Português TEÓFILO, que quando estava junto da bóia da barra teve falha de máquina, e com a aragem de norte, começou a ir sobre o banco da barra, pelo que aquele piloto mandou içar a vela do traquete, e o sinal de bandeiras indicativo de avaria na máquina, e como o navio não se movia para dentro da barra, onde daria fundo à espera de rebocador ou da lancha de pilotos, aproveitando o vento que se fazia sentir, desandou para fora não impedindo que fosse sobre o banco, apesar da lancha P9 ter pegado à proa, felizmente a maré estava perto do preamar e o navio em lastro, e fez-se ao largo, pouco tempo depois apareceu o rebocador MERCÚRIO 2º, cujos serviços já não foram necessários, porque entretanto o motorista conseguiu por o motor a funcionar, e ferrando o pano lá entrou a barra sem mais percalços, indo dar fundo no lugar da Carbonífera  a fim de carregar carvão para a cimenteira de Alhandra.
TEÓFILO – iate-motor, 32,23m/ 116,91tb; 1919 entregue como iate mercantil ALENTEJO 1º por Sebastião Gonçalves Amaro, Figueira da Foz, a um armador que se ignora, que o empregou no tráfego de cabotagem; 02/1936 afundado no rio Douro, Ribeira, devido a cheia no rio; 1937 reconstruído; 193_ afundou-se no porto de Aveiro; 14/10/1951 TEÓFILO, António Carlos da Silva Reis, Porto; 01/1962, devido à forte corrente de cheia no rio, rebentaram-se as amarras, e abandonado pela tripulação e desalvorado foi rio abaixo, tendo sido resgatado fora da barra, e rebocado para o porto de Leixões. Passado um ano, foi-lhe retirado o mastro da mesena e o gurupés e convertido em lanchão-motor; 196_ afundado no rio Douro, Massarelos; 18/03/1969 afundado novamente no rio Douro, cais do Terreiro, devido a cheia do rio, e alguns dias mais tarde foi posto a flutuar. Após alguns anos em “laid up” parece ter sido vendido a interesses estrangeiros para posterior serviço.
Fontes: José Fernandes Amaro Júnior; Imprensa diária.
(continua)
Rui Amaro
  
ATENÇÃO: Se houver alguém que se ache com direitos sobre as imagens postadas neste blogue, deve-o comunicar de imediato. a fim da(s) mesma(s) ser(em) retirada(s), o que será uma pena, contudo rogo a sua compreensão e autorização para a continuação da(s) mesma(s) em NAVIOS Á VISTA, o que muito se agradece.
ATTENTION. If there is anyone who thinks they have “copyrights” of any images/photos posted on this blog, should contact me immediately, in order I remove them, but will be sadness. However I appeal for your comprehension and authorizing the continuation of the same on NAVIOS Á VISTA, which will be very much appreciated.