sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 30


VAPOR INGLÊS “HALCYON”


A 11.01.1930, pelas 09h55, entrou pela primeira vez na barra do Douro, consignado aos agentes Kendall, Pinto Basto & Ca. Lda., Porto, o vapor Inglês HALCYON, piloto Carlos de Sousa Lopes, que procedia do porto de Londres com carga diversa e foi amarrar no lugar do Jones, junto à ponte D. Luís, margem de Gaia, a dois ferros, cabos para terra e ancorote dos pilotos pela popa ao Noroeste.



HALCYON (3) – 87m/1,580tb/13nós; 10/1921 entregue pelo estaleiro Ailsa Shipbuilding Co., Troon, ao armador General Steam Navigation Co., Ltd., Londres; 1934 ZAMALEK, Khedivial Mail Steamship Co, Alexandria; 05/11/1956 afundado no Suez para bloquear o canal.

Fontes: José Fernandes Amaro Júnior; Miramar Ship Index.

Desenho: Rui Amaro

(continua)

Rui Amaro

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

« SAUDAÇÕES FESTIVAS »

2009 / 2010



O PILOTO PRÁTICO DO DOURO E LEIXÕES


Lancha de pilotar P10, actual LONGAS, entre molhes do porto de Leixões, 1953 /(c) Diário do Norte /.


BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO


FELICES PASCUAS Y PROSPERO ANO NUEVO


JOYEUX NOEL ET MEILLEURS VOUEX DE NOUVEL ANNÉE


MERRY CHRISTMAS AND HAPPY NEW YEAR


EIN PROPER WEINACHTSFEST UND EIN GUT NEUE JAHR


AUGURI DI BUON NATALE ET FELICE ANNO NUOVO


OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 29

O VAPOR PORTUGUÊS “MALANGE” SOFRE UM ACIDENTE Á ENTRADA DO PORTO DE LEIXÕES


O MALANGE (2) larga do porto de Leixões, finais da década de 40 / (c) colecção F. Cabral /


A 09.01.1930, pelas 21h00, quando preparava a aterragem ao porto de Leixões, navegando no sentido Oeste/Leste, o vapor Português MALANGE, da Companhia Colonial de Navegação, Lisboa, incompreensivelmente foi embater com a parte exterior do molhe Norte, resultando sofrer um rombo na roda de proa e algumas chapas amolgadas no costado de estibordo. De imediato fez alguns toques de sirene, alertando as autoridades locais, contudo em terra não foi audível a sua presença, o que só ocorreu pelo alvor, após o MALANGE já se encontrar fundeado ao largo da costa, indo então para bordo, nessa altura, o piloto Manuel Pinto da Costa, a fim de lhe dar entrada. Aquele vapor procedia de Lisboa e Setúbal com carga diversa em trânsito, e era esperado no rio Douro, donde seguiria para portos do Norte da Europa.

MALANGE (2) – 95m/3.156tb/9,5 nós; 01/1905 entregue pelo estaleiro Neptun Werft AG, Rostock, como HORNFELS para o armador H.C. Horn, Schleswig; 1905 HORNFELS, Dampfs. Rhederei Horn AG, Lubeck; 1907 ALGIER, Robert M. Sloman Jr., Hamburgo; 1914 ALGIER, devido ao conflito de 1914/18 refugiou-se em Palermo, Sicilia; 1915 aprisionado pelo governo Italiano e o seu nome alterado para CARLO PISACANE; 1923 CARLO PISACANE, A. Zanchi, Genova; 1929 MALANGE, Companhia Colonial de Navegação, Lisboa; 1949 NURFAN, F. Zezen, Turquia; 04/1961 chegava a Split para desmantelamento.

O MALANGE durante a sua carreira com as cores da Companhia Colonial de Navegação, esteve afecto ao tráfego com os territórios Portugueses de África e com o serviço do Norte da Europa.

Fonte: José Fernandes Amaro Júnior; Miramar Ship Index; Horn Linie.

(Continua)

Rui Amaro

domingo, 29 de novembro de 2009

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 28

CHUVEIRO IMPREVISTO, UMA IDA EM BOM Á BARRA E O INCIDENTE COM O VAPOR NORUEGUÊS “REGAL”


Molhe do Farolim de Felgueiras /Imagem de Rui Amaro /.


A 27.12.1929, pelas 06h30, o piloto José Fernandes Amaro Júnior e o seu colega Joaquim Matias Alves, como em tantas outras ocasiões, dirigiram-se ao molhe do farolim de Felgueiras, no intuito de melhor avaliarem o jeito da corrente de água de cima e a ondulação na barra, porém já de regresso à corporação, o mar encrespou-se e os dois práticos foram surpreendidos por uma bátega de água caída sobre o paredão, ficando com as fardas um pouco encharcadas.

Em face do contratempo, foi cada um a sua casa trocar de roupa, pois tinham de ir para Leça da Palmeira, juntamente com mais dois colegas, a fim de embarcarem nos vapores, que na bacia aguardavam melhores condições de mar e maré para demandarem sem percalços a barra do Douro.

Vapores esses que vieram frente à barra do Douro e acabaram por não entrar devido ao piloto-mor Francisco Rodrigues Brandão e os seus subalternos considerarem que a ondulação recrudescera e como tal deixara de haver condições mínimas para um movimento marítimo sem incidentes, pelo que regressaram à bacia do porto de Leixões. Os quatro vapores eram os seguintes: Sueco NICKE, piloto José Fernandes Amaro Júnior; Norueguês DOURO, piloto Joaquim Matias Alves; Alemão ROLANDSECK, piloto Carlos de Sousa Lopes e o português IBO, piloto João António da Fonseca.

A 31.12.1929 o piloto José Fernandes Amaro Júnior registou, que no ano que então terminava efectuara 27 dias de 24 horas de serviço à corporação ou como se dizia ao “telefone”.

A 05.01.1930, pelas 16h25, demandava a barra do Douro o vapor Norueguês REGAL e quando alcançava o lugar denominado Forcada, meio do cais Velho, deu uma forte guinada a bombordo, pelo que o piloto José Pinto Ribeiro não perdendo tempo mandou lançar o ferro de estibordo e máquina toda força à ré. Após o vapor obedecer à manobra foi ao canal e virou o ferro, seguindo para montante até dar fundo a dois ferros, cabos estabelecidos para terra e ancorote à popa, pelo Noroeste, no lugar do cais do Cavaco.

Fonte: José Fernandes Amaro Júnior

(Continua)

Rui Amaro