terça-feira, 9 de novembro de 2010

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 106

MOVIMENTO MARÍTIMO NA BARRA DO DOURO


Vapor de saída ruma à barra do Douro / postal ilustrado da cidade do Porto /.


A 14/12/1932, pelas 13h00, começaram a demandar a barra os vapores Ingleses PALMELLA e CRESSADO; Alemães ACHILLES e OLBERS; Noruegueses HAVMOY e LILLEMOR; lugre-motor Português FAYAL e o NRP MANDOVY, canhoneira da fiscalização das pescas. Fora da barra ficaram fundeados aguardando entrada para o dia seguinte, devido ao seu elevado calado de água, os Ingleses OTTINGE e CLERMINSTER, assim como o Espanhol MANUEL.

A 15/12/1932, pelas 13h00, entraram a barra do Douro o vapores Ingleses BUSIRIS, CLERMINSTER e OTTINGE; Alemão STAHLECK; Português ZÉ MANÉL; Estoniano GROXAALE; Espanhol MANUEL; Dinamarquês RITA MAERSK e o palhabote-motor de S.João da Terra Nova ROBERT ESDALE. Vindo do porto de Leixões, onde esteve a aliviar parte da sua carga, a fim de ficar com calado de água suficiente para passar a barra do Douro. Entrou também o vapor Português PERO DE ALENQUER. Saíram o vapor Norueguês HAVMOY e o lugre Português JOÃO MIGUEL.

A 16/12/1932, pelas 09h00, a maresia à entrada da barra do Douro, sem que ninguém o previsse, começou a crescer de intensidade, pelo que estando uma grande enxofria de mar, o piloto-mor Francisco Rodrigues Brandão mandou içar no topo dos mastros do cais do Marégrafo e do castelo da Foz o balão cilíndrico de cor negra, o qual assinalava barra encerrada a toda e qualquer navegação e como assim não houve movimento marítimo naquela barra.

O petroleiro Português SHELL 15, que ao largo aguardava entrada, rumou ao porto de Leixões, onde entrou às 14h00, fundeando ao Sul a dois ferros. Entretanto, o vapor Belga FLORE e o Inglês DARINO, que se dirigiam para a barra, viram-se obrigados a desandar diante do lugar de Sobreiras, a fim de regressarem aos seus respectivos ancoradouros. Aquelas três embarcações mercantes ficaram a aguardar melhores condições de mar para o dia seguinte, a fim de cruzar a barra em segurança.

Fontes; José Fernandes Amaro Júnior;

(continua)

Rui Amaro

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