terça-feira, 19 de janeiro de 2010

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 40


O VAPOR INGLÊS “FENDRIS” ENTRA PELA PRIMEIRA VEZ NA BARRA DO DOURO


Perfil do ANNEMARIE KRUGER ex FENDRIS


A 06.02.1930, pelas 10h15, entrou pela primeira vez no Rio Douro o vapor Inglês FENDRIS, piloto José Fernandes Tato, que o foi amarrar no lugar dos Vanzelleres a dois ferros, cabos para a margem e ancorote dos pilotos pela popa. Aquele vapor de 70m/1.269tb/ 9 nós, que era comandado pelo captain Woldeman, um veterano da barra do Douro, fora construído em 1924 pelos estaleiros A. & J. Inglis Ltd., Glasgow, por encomenda do armador J. & P. Hutchinson, Ltd., Glasgow, vindo agenciado à firma Wall & Westray Ltd., e estava colocado no tráfego de Glasgow para Portugal. Em 1934 foi inserido na então recém formada frota da Moss Hutchinson Line, Ltd., Liverpool, juntamente com os seus gémeos PROCRIS e SARDIS, tendo sobrevivido à segunda guerra mundial e continuou a escalar portos Portugueses, juntamente com os seus gémeos, que ainda hoje são lembrados no rio Douro. No ano de 1950 foi comprado pelo armador Alemão Hans Kruger GmbH, Hamburgo, que lhe deu o nome de ANNEMARIE KRUGER, continuando a escalar portos Portugueses. Entre 1959 e 1973 como DW32 e mais tarde como HDW 32 esteve ao serviço de dois importantes estaleiros navais germânicos e em 1973 ainda se encontrava no serviço activo.

O FENDRIS foi um dos primeiros vapores estrangeiros, nomeadamente Ingleses a reactivar o tráfego com os portos Portugueses no pós-guerra em 1946.

Fontes: José Fernandes Amaro Júnior, Lloyd’s Register of Ships, Hans Kruger GmbH, Karl-Heinz Heine; Desenho de Norbert Brocher.

(continua)

Rui Amaro

Sem comentários: