MAU
TEMPO SOB A CIDADE DO PORTO E ARREDORES E MUITO MAR NA COSTA
O SÃO GONÇALINHO demanda o porto de Leixões em 03/11/1951 /(C) Foto Mar - Lugar do Real
O MELOS demanda o porto de Leixões em finais de 1949 /(c) Foto Mar - Leixões /.
SERPA PINTO / desenho de Rui Amaro /.
SERPA PINTO / desenho de Rui Amaro /.
A 03/11/1961, manhã
cedo, entra no porto de Leixões, ainda com mar calmo, mas com os céus a ameaçar
borrasca, o arrastão bacalhoeiro SÃO GONÇALINHO, de Aveiro, vindo dos
pesqueiros da Terra Nova e Gronelândia, indo fundear ao norte.
Ao
início da tarde fez-se à barra a traineira Espanhola ERIZANA, que vinha de
arribada, tendo sofrido alguns danos devido à forte ondulação que entretanto
surgiu, e também entrou o navio-motor Belga PRINCE DE LIÉGE, procedente de
Anvers, que também sofreu danos.
Ainda
de manhã, já com a vaga a aumentar de intensidade, demandara a barra do Douro,
conduzido pelo piloto José Fernandes Amaro Júnior, o iate-motor EDUARDO XISTO,
procedente do Outão.
Nesse mesmo dia, já de noite, e com
bastante mar, o paquete SERPA PINTO, deixava o porto de Leixões transportando
passageiros e carga para o Brasil, dentre os quais um tio do autor, já por fora
do farol do Esporão sofreu o embate de uma volta de mar descomunal, que lhe
causou danos nas estruturas da proa e ferimentos em alguns tripulantes. Em face
desse incidente esteve a pairar ao largo até a situação acalmar, prosseguindo a
viagem para o porto de Lisboa sem mais percalços, levando a bordo o piloto
Mário Francisco da Madalena para desembarcar naquele porto.
A 07/11/1951, o tempo e o mar acalmaram, e
o arrastão bacalhoeiro SANTO ANDRÉ, tal como o SÃO GONÇALINHO, de Aveiro, procedente
dos Grandes Bancos e Gronelândia e após dois dias ao largo â espera de
melhores condições de mar, demandou o porto de Leixões. O mesmo ocorreu com o
navio-motor Holandês R.P.S., que entrou pouco depois do SANTO ANDRÉ.
De Leixões saíram os navios-motor Norueguês
EIKA e Dinamarquês MELOS, e do Douro saíram os navios-motor Alemão MARABU e
Inglês AVONWOOD, que foram completar as operações comerciais na doca nº 1 do
porto de Leixões, contudo o vapor Inglês FENDRIS e o navio-motor da mesma nacionalidade
DARINIAN, saídos do Douro, levaram os respectivos pilotos para o porto de
Lisboa.
Fontes: José Fernandes Amaro Júnior.
(continua)
Rui Amaro
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