O VAPOR DINAMARQUÊS “HALFDAN” E AS ÁGUAS DE
INFESTO NA BARRA DO DOURO
O HALFDAN a demandar o porto de Leixões em 1951 /(c) Foto Mar, Leixões/.
A
05/03/1949, pelas 14h00, o vapor Dinamarquês HALFDAN, 76m/1.448tb, piloto José
Fernandes Amaro Júnior, vindo do ancoradouro de Oeste da Cábrea, onde carregou
carga diversa, nomeadamente vinho do Porto em pipas e cortiça em fardos, esta
na sua maior parte carregada como rebarba, ou seja estivada no convés ao nível
da ponte de comando, ia de saída.
O HALFDAN
em 14 pés
de calado de água, ao alcançar a área mais esganada da barra, já depois de ultrapassado
o cais do Marégrafo, devido à sua fraca marcha não consegue vencer a
impetuosidade do infesto, próprio de marés grandes. Em face da situação, aquele
piloto manda parar a máquina e deixa o vapor arriar para montante ao sabor da
corrente até dar fundo a um ferro, entre as bóias da Cantareira/Arribadouros, a
fim de aguardar pelo abrandamento das águas.
O HALFDAN a dar fundo junto do lugar de Oeste da Cábrea em 19/02/1951 / F. Cabral, Porto /.
Às
15h30, pouco antes da estofa da preia-mar, a força da corrente diminuiu. O
piloto manda virar o ferro e aquele vapor do armador DFDS, Copenhaga, com
máquina a toda força avante sai a barra e após desembarcar o piloto, ruma aos
portos de Anvers e Copenhaga, sem mais novidade.
Os
vapores daquele armador, que escalavam, regularmente o porto do Douro eram os
seguintes: FLORA, AGGA, ALGARVE, TULA, TOMSK, MINSK e SKJOLD, EGHOLM, ainda
hoje recordados, nas zonas ribeirinhas do Porto e Gaia, pela designação de “vapores
das pipas”, pela muita cascaria de vinho do Porto que carregavam no rio Douro, os
quais vinham agênciados à firma Kendall, Pinto Basto & Cia. Lda.
O TULA subindo o rio Douro diante da escarpa da Arrábida em 1951 / F. Cabral, Porto /.
HALFDAN – imo 5604687/ 76m/ 1,448tb/ 9nós; 15/01/1919
entregue por Kochums Mekaniska Verkstad A/B, Malmo, a A/S D/S Gorm, gestor A.
O. Anderson, Copenhaga; 1920 HALFDAN, Det Forenede Dampskibs Selskab (DFDS),
Copenhagen; 1954 TIO, Mar Rojo Cia. Naviera, Puerto Limon, Costa Rica; 1955
THIO, Mar Rojo Cia. Naviera, Massawa, Etiópia, gestores A. Chalkoussis, Grécia;
15/09/1956 em rota de Mormugão para Rijeka encalhou e submergiu até ao nível da
ponte de comando em Ras Fartak, perto de Aden; 13/10/1956 foi abandonado pela
tripulação e declarado “perda total constructiva”.
Fontes:
José Fernandes Amaro Júnior, DFDS, Miramar Ship Index.
(continua)
Rui
Amaro
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