quarta-feira, 9 de março de 2011

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 160

O VAPOR PORTUGUÊS "IBO" SOFRE ACIDENTE A LARGADA DO PORTO DE LEIXÕES


A 18/07/1934, pelas 18h00, quando o vapor Português IBO, piloto Francisco Soares de Melo, manobrava para desatracar do cais acostável do Molhe Sul do porto de Leixões e rumar à barra do Douro, ao suspender o ferro de estibordo, quebrou-se a respectiva amarra, tendo sido impelido pelo vento, que soprava do quadrante norte, indo abalroar com a popa do vapor Belga RIP, que ali estava atracado. Do acidente resultaram algumas amolgadelas no costado e na popa do RIP. O rebocador NEIVA, que estava por perto, pegou à proa do IBO e retirando-o da crítica situação, levou-o até dar fundo ao norte da bacia, onde foi tentar emanilhar o ferro de substituição, a fim de se fazer ao rio Douro,
IBO – 65m/853tb, lançado em 11/1907 por Sir Raylton Dixon & Co. Ltd., Middlesborough, para a Empreza Nacional de Navegação, Lisboa, desde 1918 Companhia Nacional de Navegação Sarl, para o seu serviço de carga e passageiros da costa de Moçambique. Regressado a Lisboa em 1922 foi colocado no tráfego costeiro nacional; 1940 ALPHA, Empresa Luso-Marroquina, Lda., Lisboa; 15/07/1940 em viagem Lisboa/Liverpool com um carregamento de bananas, foi atacado com bombas e balas de metralhadora por oito aviões Germânicos, perto de Brest, apesar dos seus evidentes sinais de navio neutro, acabando por se afundar. A sua tripulação foi recolhida por uma embarcação de pesca Francesa e só regressou a Portugal, passado bastante tempo, devido à situação de guerra. Navio-gémeo: AMBRIZ.
RIP – 74m/ 1.195tb/ 8,5nós; 08/1903 entregue por S. P. Austin & Son, Wear Dick, as ST. AGNUS a Stephenson Clarke & Co., Londres; 1925 RIP, Marcel Goossens, Anvers; 1936 Arrived Newport for breaking up by John Cashmore, Ltd.
Fonte: José Fernandes Amaro Júnior; Miramar Ship Index.
(continua)
Rui Amaro

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