segunda-feira, 30 de novembro de 2009

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 29

O VAPOR PORTUGUÊS “MALANGE” SOFRE UM ACIDENTE Á ENTRADA DO PORTO DE LEIXÕES


O MALANGE (2) larga do porto de Leixões, finais da década de 40 / (c) colecção F. Cabral /


A 09.01.1930, pelas 21h00, quando preparava a aterragem ao porto de Leixões, navegando no sentido Oeste/Leste, o vapor Português MALANGE, da Companhia Colonial de Navegação, Lisboa, incompreensivelmente foi embater com a parte exterior do molhe Norte, resultando sofrer um rombo na roda de proa e algumas chapas amolgadas no costado de estibordo. De imediato fez alguns toques de sirene, alertando as autoridades locais, contudo em terra não foi audível a sua presença, o que só ocorreu pelo alvor, após o MALANGE já se encontrar fundeado ao largo da costa, indo então para bordo, nessa altura, o piloto Manuel Pinto da Costa, a fim de lhe dar entrada. Aquele vapor procedia de Lisboa e Setúbal com carga diversa em trânsito, e era esperado no rio Douro, donde seguiria para portos do Norte da Europa.

MALANGE (2) – 95m/3.156tb/9,5 nós; 01/1905 entregue pelo estaleiro Neptun Werft AG, Rostock, como HORNFELS para o armador H.C. Horn, Schleswig; 1905 HORNFELS, Dampfs. Rhederei Horn AG, Lubeck; 1907 ALGIER, Robert M. Sloman Jr., Hamburgo; 1914 ALGIER, devido ao conflito de 1914/18 refugiou-se em Palermo, Sicilia; 1915 aprisionado pelo governo Italiano e o seu nome alterado para CARLO PISACANE; 1923 CARLO PISACANE, A. Zanchi, Genova; 1929 MALANGE, Companhia Colonial de Navegação, Lisboa; 1949 NURFAN, F. Zezen, Turquia; 04/1961 chegava a Split para desmantelamento.

O MALANGE durante a sua carreira com as cores da Companhia Colonial de Navegação, esteve afecto ao tráfego com os territórios Portugueses de África e com o serviço do Norte da Europa.

Fonte: José Fernandes Amaro Júnior; Miramar Ship Index; Horn Linie.

(Continua)

Rui Amaro

Sem comentários: