RECORDANDO A VINDA AO PORTO DO DOURO DO “NRP BARTOLOMEU DIAS” E DO “NRP TEJO” EM 1952
O NRP BARTOLOMEU DIAS amarrado no lugar do Sandeman, Gaia, rio Douro em 24/05/1952 /(c) Foto Mar, Leixões/.
O NRP BARTOLOMEU DIAS amarrado no lugar do Sandeman, Gaia, rio Douro em 25/05/1952, vislumbrando-se pela sua popa a proa do NRP TEJO /F. Cabral, Porto/.
O NRP BARTOLOMEU DIAS desce o rio Douro de rumo à barra em 02/06/1952 /F. Cabral, Porto/.
O NRP TEJO amarrado à bóia no porto de Lisboa, década de 50 /F. Cabral, Porto/.
A 24/05/1952, e a fim de prestar honras
militares ao chefe de estado General Craveiro Lopes, de visita à região do
Porto, onde veio presidir à inauguração de várias estruturas públicas e
privadas, entre as quais o estádio das Antas, pavilhão dos Desportos, túnel da
Ribeira, bairro dos pescadores da Afurada, mercados do Bom Sucesso e de
Matosinhos, etc. deslocaram-se ao porto do Douro o NRP BARTOLOMEU DIAS, aviso
de 1ª classe, 103,20m/2.478td e o NRP TEJO, contratorpedeiro, 98,15m/1.588td.
Dada a importância daquelas unidades
navais, o piloto-mór José Fernandes Tato, reuniu todos os seus subalternos e
decidiu, talvez por ser o mais antigo, que o piloto José Fernandes Amaro Júnior
ficaria responsável pela pilotagem de entrada e saída do NRP BARTOLOMEU DIAS.
No que respeita ao NRP TEJO pediu um voluntário. Ninguém se disponibilizou para
tal! Então, o piloto Aristides Pereira Ramalheira toma a seu cargo esse
serviço, que para ambos os pilotos seria efectuado fora da escala de serviço.
O
NRP BARTOLOMEU DIAS, que chegara pela manhã de 24, dia de bom tempo, demanda a
barra em 14 pés
de calado cerca das 16h00, não antes do seu comandante ter chamado à atenção do
piloto da barra para a responsabilidade daquele serviço. O piloto fez-lhe ver,
que tudo iria correr bem, pois já dirigira manobras de navios de maior porte e
calado sob péssimas condições de tempo e mar e nos muitos anos, que tinha de
piloto da barra, jamais tivera qualquer acidente de vulto, pelo que não
estivesse receoso. O imediato do navio, que era do Porto e conhecia bem a barra
e o rio, também tranquilizou o seu comandante. Aquela unidade naval foi subindo
o rio Douro até dar fundo a dois ferros, ancorote dos pilotos pela popa ao
lançante para noroeste, e cabos estabelecidos para margem, no lugar do
Sandeman, Gaia, tendo tido apenas a assistência das lanchas do rio P2 e P6. O
NRP TEJO não tendo chegado a tempo da maré, demandou a barra no dia seguinte,
indo amarrar pela ré do navio-chefe.
O
NRP BARTOLOMEU DIAS, que foi a única vez que estivera no rio Douro, era gémeo
do NRP AFONSO DE ALBUQUERQUE, perdido em combate no porto de Mormugão, contra
uma potencial força naval e aérea da União Indiana, aquando da tomada dos
territórios Portugueses da Índia a 18/12/1961, todavia sem arriar as bandeiras
de combate de Portugal e fazer subir no mastro o pano branco de rendição,
bateu-se até à última munição, apesar de uma única baixa e alguns feridos da
equipagem, entre os quais o seu próprio comandante e dos danos sofridos, que originaram
a sua perda, provocou avarias graves e várias baixas humanas à elevada força
naval inimiga.
Aqueles
vasos de guerra deixaram o rio Douro a 02/06/1952, tendo os dois pilotos da
barra recebido um louvor pela eficiente condução das manobras de entrada e
saída daqueles dois navios. Note-se, que não houve intervenção de qualquer
rebocador, quer na entrada ou na largada daqueles vasos de guerra, que para o
porto do Douro eram considerados de grande porte.
O
NRP TEJO, assim como os seus gémeos DOURO, LIMA, VOUGA e DÃO, já por várias
vezes visitaram o rio Douro e numa dessas visitas ficaram os cinco amarrados de
braço dado, no quadro dos navios de guerra em Massarelos. Antes da guerra de
1939/45 eram os cabos-pilotos, que se encarregavam das manobras de entrada e
saída das unidades navais, tanto no rio Douro como em Leixões.
Fontes:
José Fernandes Amaro Júnior, Lista das unidades navais, Imprensa diária.
(continua)
Rui
Amaro
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