quinta-feira, 24 de maio de 2012

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 232


A TRAINEIRA "VITÓRIA" NAUFRAGA NA BARRA DO DOURO

A 31/12/1940, pelas 09h00, a traineira VITÓRIA, do centro piscatório da Afurada, quando demandava a barra do Douro, e por esta se encontrar bastante esganada, ali diante do dique da Meia-Laranja, o seu mestre tentando vencer a forte corrente da vazante, encostou à margem norte para aproveitar a revessa da beirada, porém acabou por embater no enrocamento do cais do Touro e arrombou. De seguida, ao manobrar para se safar das pedras, guinou a estibordo, contudo não conseguindo endireitar ao canal, a traineira seguiu atravessada ao rio, indo encalhar na restinga do Cabedelo, começando a afundar-se e de imediato começou apitar, pedindo socorro. Parte da sua tripulação prevendo o risco iminente, que corria, saltou para a chalandra e desembarcou no areal do Cabedelo, ficando a bordo 6 tripulantes e o mestre.
Em seu socorro foi a lancha dos pilotos P4, conduzida pelo piloto Joaquim Matias Alves, levando a bordo Manuel Pereira Franco, piloto; Joaquim António da Fonseca, motorista e os tripulantes João Luís Gonçalves e Manuel Matias Alves, que recolheram a restante tripulação, que permanecera a bordo. Para o local do sinistro, também seguira o VISCONDE DE LANÇADA, salva-vidas da Foz, timonado pelos pilotos Eurico Pereira Franco e Pedro Reis da Luz, além da sua tripulação de remadores voluntários.
A VITÓRIA, meia submersa foi impelida pela forte corrente e às 15h00 desapareceu por completo não mais sendo vista, salvo os seus destroços, que no dia seguinte começaram a dar à costa. Triste fim de ano para o seu armador e sua companha.
Fonte: José Fernandes Amaro Júnior
(continua)
Rui Amaro

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