segunda-feira, 28 de junho de 2010

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 76


UM PILOTO EFECTIVO AUXILIA O SEU NOVO COLEGA NO SEU PRIMEIRO SERVIÇO DE PILOTAGEM NA SAIDA DO VAPOR “MARIA AMÉLIA”



MARIA AMÉLIA /(c) autor desconhecido /.


A 22/07/1931, pelas 19h30, o ex praticante a piloto da barra António Duarte foi dar saída ao vapor Português MARIA AMÉLIA, seu primeiro serviço como piloto provisório. Aquele vapor estava amarrado no pião das barcaças da Sociedade Geral, no lugar do cais do Monchique.

Visto ser um vapor de algum porte para o rio Douro, mas também devido aos ferros se encontrarem enrascados com os do vapor Norueguês DOKKA, que estava amarrado pela popa, além de junto da amarração e em ambas as margens se encontrarem alguns vapores prolongados, o que iria limitar o espaço e dificultar as manobras, o piloto efectivo José Fernandes Amaro Júnior ofereceu-se para ir ajudar o seu novo colega. Felizmente o MARIA AMÉLIA, safos os ferros desandou proa abaixo sem novidade de maior e passou a barra às 20h30, tomando o rumo do porto de Le Havre.

MARIA AMÉLIA – 92,11m/1,765,54TB/10 nós; 05/1913 entregue por Neptun AG, Rostock; como GIRGENTI, a Robert M. Sloman Jnr., Hamburg; 1914 GIRGENTI, refugiou-se no estuário do Tejo devido à eclosão da 1ª guerra mundial; 1916 GIRGENTI, tomado pelo governo Português para fazer face á falta de transportes marítimos, devido à guerra; 1916 GAIA, TME-Transportes Maritimos do Estado, Lisboa; 12/01/1925 MARIA AMÉLIA, Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda., Lisboa; 1959 MARIA AMÉLIA, vendido para desmantelamento aos sucateiros Dantas & Leal, Lda., Lisboa.

Gémeo: LAGOA da CNCA, Ponta Delgada.

Fontes: José Fernandes Amaro Júnior; Miramar Ship Index.

(continua)

Rui Amaro

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