sábado, 26 de junho de 2010

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 75


O VAPOR NORUEGUÊS “ALA” QUANDO SE PREPARAVA PARA SUSPENDER PERDE O FERRO AO LARGO DA BARRA





Relato textual e verbal do piloto José Fernandes Amaro Júnior respeitante ao seu serviço de entrada do vapor Norueguês ALA.

A 16/07/1931, pelas 12h00, quando a bordo do vapor ALA, afecto à Standard Line (marca "A"), fundeado com o ferro de bombordo, a cerca de uma milha da costa, eu aguardava água para demandar a barra,, foi içado nos mastros do cais dos Marégrafo e do castelo da Foz o grupo de bandeiras indicativo de 14 pés de calado, pelo que mandei suspender o ferro e quando este estava a entrar no escovém, sem que nada o previsse, até porque já estava em cima, desprendeu-se e foi para o fundo.

Em face da situação tratei de anotar as marcas de terra, a fim de mais tarde ou quando da largada do ALA, o meu colega tratasse de o gratear, tentando recuperá-lo.

As marcas referenciadas foram as seguintes: A Leste, farolim de Felgueiras pela torre da igreja da S. João Baptista da Foz; a Norte, mastro da estação da Rádio Naval da Boa Nova pela esquina Oeste do Lazareto de Leça da Palmeira.

Aquando da largada, o meu colega de serviço ao ALA, pelas marcas que eu anotara, e com auxílio da lancha P4, conseguiu recuperar o ferro, seguindo aquele vapor o seu destino, sem mais percalços.

ALA – 66m/933tb; 06/1916 entregue pelo estaleiro Akt. Jarlso Vaerft, Tonsberg, ao armador E.B. Aaby, Cristiania; 1918 ALA, The Shipping Controller, gestores Evlyn Jones & Co., Londres; 1919 ALA, D/S A/S Ala, gestores E. B. Aaby’s Rederi, Cristiania; 1925 ALA, E. B. Aaby, Oslo; 1937 ALA, E. B. Aaby’s Rederi A/S; 13/06/1941 quando reboque, a fim de receber reparações motivadas por avarias infligidas a 17/05/1941 por um raide aéreo de uma esquadrilha da “Luftwaffe”, devido a qualquer bomba alojada avante, que terá feito atrair uma mina magnética, o ALA sofreu uma enorme explosão, que o fez submergir junto da costa de Selsey Bill, já a duas milhas do porto de destino Southampton. (Data-base e historial mais completo será postado em novo episódio do ALA, oportunamente).

Fontes: José Fernandes Amaro Junior; Lloyd’s Regiter of Shipping; The Norwegian Merchant Fleet – WWII.

(continua)

Rui Amaro

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