segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 49

LUGRES À VELA LARGAM DO DOURO PARA A CAMPANHA DOS GRANDES BANCOS DE 1930



Lugres bacalhoeiros no lugar de Massareloa, rio Douro / foto de autor deconhecido - colecção F. Cabral, Porto /.


A 12.05.1930, pelas 18h15, saiu a barra do Douro o lugre de três mastros Português SILVA RIOS, piloto Manuel Francisco Vieira, e no dia 26, pelas 18h30, foi a vez do lugre de quatro mastros Português ADAMASTOR, piloto Joaquim Matias Alves.

Estes dois lugres, puros navios de velas, passaram a barra do Douro conduzidos pelo rebocador BURNAY 2º, cada um na sua vez, e aproveitando o vento fresco do quadrante Norte, que se fazia sentir, em pouco tempo as suas silhuetas desapareceram para lá da linha do horizonte, rumando aos Grandes Bancos da Terra Nova para mais uma campanha da dura faina da pesca do bacalhau.

SILVA RIOS – 40m/223tb; 17.10.1921 construído por Manuel F. Rodrigues, Caminha para Francisco Odorico Dantas Carneiro, Caminha; 1929 SILVA RIOS, Silva Rios Lda., Porto, reconstruído; 20.02.1930 SILVA RIOS, naufragou devido a incêndio no banco de St. Pierre, St. Pierre et Miquelon; posição 44.27N/ 50.14W, tendo toda a companha sido recolhida pelo lugre Francês CAPITAINE HUELLE, pelos próprios dóris de bordo.

ADAMASTOR – 50m/373tb; 1916 construído por Manuel F. Rodrigues, Vila do Conde, para a Empresa de Pesca e Navegação Portugal e América, Lda. Porto; 1935 SINFÃES, Companhia de Pesca Transatlântica., Lda. Porto; Historial subsequente desconhecido.

Fontes: José Fernandes Amaro Júnior; Blogue Navios e Navegadores; Plimsoll Ship data (LR).

(continua)

Rui Amaro

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