O IATE-MOTOR
“OLHANENSE” QUANDO SE PREPARAVA PARA DEMANDAR A BARRA SOFRE UMA AVARIA NO MOTOR
A 07/05/1946,
pelas 14h00, o piloto José Fernandes Amaro Júnior embarcara fora da barra no
iate-motor português OLHANENSE, 26m/87tb da praça de Olhão, que desde manhã
cedo, ancorado ao largo de Carreiros, aguardava piloto e maré para demandar a
barra do Douro.
Aquele navio, que
procedia de Setúbal com um carregamento de sal, quando acabara de suspender o
ferro e se preparava para se aproximar da barra, avariou-se-lhe o motor ficando
impedido de navegar pelos seus próprios meios. Em face da situação, dado que o OLHANENSE
não estava equipado com radiotelefone, foi içado num dos seus mastros, o grupo
de bandeiras correspondente a “Peço rebocador urgente”. Sinalização essa, que
deveria ter sido reconhecida pela estação semafórica do Monte da Luz, todavia
não tendo havido o sucesso desejado, foram feitos toques consecutivos da sirene
de bordo, também sem sucesso.
O piloto José
Fernandes Amaro Júnior, visto a maré estar a aproximar-se, não esperou mais.
Foi lançado ao mar um escaler e à força de remos veio varar à praia do Molhe de
Carreiros e então aquele piloto telefonou para a estação de pilotos da
Cantareira, para tratarem do envio urgente de um rebocador, ficando o seu
colega de serviço à estação, muito surpreendido por aquele piloto estar a ligar
de terra, quando o fazia estar a bordo. Nem o sinaleiro dos pilotos no castelo
da Foz, assim como o telegrafista no Monte da Luz, deram pelo aviso de
bandeiras nem pelo toque insistente da sirene de bordo. Chegado o rebocador MERCÚRIO
2º, foi o OLHANENSE rebocado, passando a barra às 17h00, já com água de
vazante, indo atracar ao cais do Terreiro, sem mais novidade.
OLHANENSE – Data-base
não encontrada.
Fonte: José
Fernandes Amaro Júnior
1 comentário:
Caro Amigo Rui Amaro:
Que bom tê-lo de volta, com mais uma das suas magníficas hstórias!
Já faziam falta.
Saúde e Paz
Nuno Matos
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