domingo, 18 de agosto de 2013

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 307


O BREM demandando o porto de Leixões na década de 50 /(c) Foto Mar, Leixões/.

O BREM na Bacia do porto de Leixões, ainda com fogo a bordo /O Comércio do Porto/. 

Após a extinção do incêndio, os bombeiros retiram-se de bordo /O Comércio do Porto /

O NAVIO-MOTOR HOLANDÊS “BREM” ENTROU EM LEIXÕES COM INCÊNDIO A BORDO

03/12/1952, cerca das 06h00 de ontem, entrou na bacia do porto de Leixões o navio-motor Holandês BREM com incendio a bordo.
Esta embarcação, de 428tb e com 9 homens de tripulação, sob o comando do Kaptein F. Stam, havia saído do Tejo pelas 18h00 de ante-ontem, com carga diversa, destinada ao porto do Douro.
Durante a viagem, cerca das 05h00, o oficial de quarto constatou que num dos porões, lavrava fogo, imediatamente o BREM tomou rumo de Leixões, tendo entretanto, enviado um rádio para a capitania do porto de Leixões, comunicando o sucedido e pedidndo que fosssem tomadas as prevenções usuais para estas causas.
Logo após ter entrado, as corporações dos B. V. de Matosinhos-Leça e B. V. de Leixões, fizeram-se transportar em lanchas e dirigiram-se para o navio sinistrado.
Montado o serviço e aberto o porão, iniciou-se o ataque ao incendio e cerca de uma hora depois, o incendio considerava-se extinto e logo depois, iniciava-se a descarga da mercadoria para barcaças.
Pelas 15h00, o BREM largou do seu ancoradouro da bacia e foi atracar na doca nº 1, a fim de completar a descarga.
Os prejuízos são bastante importantes, calculando-se que dois terços da carga estejam inutilizados.
No ataque ao incendio foram empregadas três agulhetas. Tendo também comparecido um dos rebocadores da APDL.
A bordo do navio, que acabou por não escalar o rio Douro, estiveram o eng. Russo Belo, 1º comandante dos B. V. de Matosinhos-Leça; Joel da Cunha Monteiro, sota-piloto-mór; tenente Silveira, patrão-mór, etc.
Os bombeiros retiraram de bordo cerca das 16h00.
As mercadorias eram constituídas por maquinaria, lâmpadas, vinhos, cortiça, queijo, etc.
O navio vinha consignado à firma Portuense Wall & Cª, Lda, agentes da Lusitania Lijn.
BREM – imo 5317288/ 428gt/ 9nós; 25/05/1939 entregue por Scheepswerf Foxhol, Foxhol, como FRAM a NV Motorschip Fram, Groningen; 1940 BREM, NV Hudig & Pieter’s Algemeen Scheepvaart Mij, Roterdão; WW2 BREM, devido à invasão da Holanda pelas forças militares da Alemanha, refugiou-se na Inglaterra e serviu as forças Aliadas; 1945 BREM, NV Hudig & Pieter’s Algemeen Scheepvaart Mij, Lusitania Lijn, Roterdão, que o empregou no tráfego Benelux/Portugal; 1957 SEEFALKE, Erich Hanisch, Bremen; 1964 SEEFALKE, Willis August Suhr, Hamburg; 1969 SEEFALKE, Stadtsparkasse Duisburg, Hamburg; 1973 arrived Gotenburgo para desmantelamento.
Fonte: jornal O Comércio do Porto; Miramar Ship Index.
(continua)
Rui Amaro

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