quinta-feira, 28 de março de 2013

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 282


 O PAQUETE PANAMIANO “NORTH KING” LEVA O PILOTO DE LEIXÕES PARA LISBOA


Anúncio na imprensa diária 

A 28/01/1951, dia de temporal e muito mar, que se abatia sobre os molhes, e investia perigosamente pela Bacia dentro, e cerca das 11h30, o piloto José Fernandes Amaro Júnior, foi dar saída ao paquete Panamiano NORTH KING, agenciado prls firma E. A. Moreira & Cia., Lda, que entrara de véspera, já com bastante mar, vindo do Brasil e Lisboa, com passageiros e carga diversa, e escalando o porto de Leixões, pelo mesmo motivo, a fim de receber carga e passageiros, na sua maioria emigrantes, para os portos do Rio de Janeiro e Santos, com escala pelos portos de Lisboa, Funchal e São Vicente de Cabo Verde.


O NORTH KING demandando a doca nº 1 do porto de Leixões em 1951 / F. Cabral, Porto /.

Realizada a manobra de desatracação da doca nº 1 – cais Norte, assistido por dois rebocadores da APDL, fez-se de rumo a entre molhes, onde aquele prático deveria desembarcar, ainda no anteporto, para a lancha P1, que foi acompanhando o NORTH KING na tentativa de recolher o piloto, mas a ondulação nesse mesmo ponto era de perigar, e o piloto não quis arriscar, pelo que seguiu a bordo para desembarcar na gare marítima de Alcântara  do porto de Lisboa, no dia seguinte, regressando de comboio à estação de São Bento, cidade do Porto, nesse mesmo dia, depois de almoçar e passar pelo escritório do armador.
A viagem foi bastante tormentosa, não só devido ao desconforto motivado pelo balanço que o vapor dava, mas  também pelo gemer dos passageiros dos camarotes vizinhos, que não conseguiam evitar o sempre incomodativo enjoo de mar.


O NORTH KING nos primeiros anos como paquete / postal oficial do armador /.


NORTH KING – paquete de linha de carga e passageiros, imo 2222653/ 119m/ 4.608tb/ 11nós; 06/1903 entregue por Bremer Vulkan, Vegesack, como vapor de carga LIEBENFELS à DDG Hansa, Bremen; 01/08/1914 refugiou-se e ficou internado em Charleston, SC, devido ao eclodir da 1ª guerra mundial, a fim de evitar ser atacado e afundado pelo inimigo; 01/02/1917 com a entrada dos EUA no conflito, foi de imediato apresado pela “Navy”, contudo sabotado e afundado pela tripulação Alemã; 20/03/1917 foi posto a reflutuar e entretanto reparado; 06/04/1917 foi convertido em transporte militar e rebaptizado com o nome USS HOUSTON (AK-1) e entregue à US Department of the Navy, Washington, DC; 23/03/1922 decomissioned; 27/09/1922 NORTH KING, Alaska Portland Packers Association, Portland, OR, gestores Frank M. Warren; 1929 NORTH KING, Pacific American Fisheries Inc, Bellingham, USA; 1940 NORTH KING, Compañia Diana de Vapores SA, Panama; 1941 chartered pela War Shipping Administration, gestores United States Lines, Nova Iorque; 1947 NORTH KING, Soc. de Navegação Luso Panamense, Lda, Lisboa, bandeira Panamiana, que o converteu num paquete de carga e passageiros; 1956 encostava no porto de Lisboa; 01/06/1957 chegava a Osaka para desmantelamento.
Fontes: José Fernandes Amaro Júnior; Miramar Ship Index.
(continua)
Rui Amaro

ATENÇÃO: Se houver alguém que se ache com direitos sobre as imagens postadas neste blogue, deve-o comunicar de imediato. a fim da(s) mesma(s) ser(em) retirada(s), o que será uma pena, contudo rogo a sua compreensão e autorização para a continuação da(s) mesma(s) em NAVIOS Á VISTA, o que muito se agradece.
ATTENTION. If there is anyone who thinks they have “copyrights” of any images/photos posted on this blog, should contact me immediately, in order I remove them, but will be sadness. However I appeal for your comprehension and authorizing the continuation of the same on NAVIOS Á VISTA, which will be very much appreciated.

terça-feira, 26 de março de 2013

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 281


A 5ª FLOTILHA DE CONTRATORPEDEIROS DA “ROYAL NAVY” VISITOU O PORTO DE
LEIXÕES A 15/10/1950


Os contratorpedeiros HMS ST. KITTS e HMS SOLEBAY na doca nº 1 do porto de Leixões em 15/10/1950 / O Comércio do Porto /.

WELCOME THE BRITISH NAVY!





The city of Oporto is being distinguished with the visit of His British Majesty’s sailors. Some of the powerful Royal Navy´s units today are due at the port of Leixões, being a small taken of the enormous sea-power held by a nation, ruled by the inborn and steadfast sentiments of freedom and mutual respect, also by the comprehensive realization of a patriotism having successfully stood the ordeal of the centuries whilst writing some of England’s most brilliant pages of history.
The warships, calling at the port of Leixões, gave come over on a courteous and friendly visit to England’s oldest ally. This is a proof real affection and sympathy, soundly echoed by the hearts of all Oporto citizens, as it forges yet another strong unbreakable, link in the solid ties binding both peoples.
The warm welcome, to be given to the British sailors, the legitimate representatives of countless other marines  who fought, suffered and lost their lives in the sea the world over, during the tremendous armed conflict of all timeswill give evidence, not only of our sincere affection, but also of our high admiration for all those who have known how to fight in the protection of those principles on which Humanity depends for its dignity. This is the time for us to give them all the proof of our deep appreciation, esteem, consideration and respect. The city’s authorities, fully alive to these sentiments, mapped out on adequate reception programme, unreservedly seconded by the town’s citizens, who will give a warm and enthusiastic welcome to the gallant sailors of England, received not as mere visitors but, indeed, real friends, and honoured guests, held in the highest regard.
“O COMERCIO DO PORTO”, associated to the several firms, all of them forming the pivot to intense trade between Portugal and Great Britain, warmly greets England’s gallant marines, and says; WELCOME THE BRITISH NAVY!
(In o jornal “O COMERCIO DO PORTO” de 15/10/1950)


O HMS SOLEBAY demanda o porto de Leixões em 15/10/1950 / F. Cabral, Porto /.


A 15/10/1950, pelas 09h00, demandava o porto Leixões em visita de cortesia a 5ª flotilha de contratorpedeiros da “Royal Navy”, constituída pelas seguintes unidades HMS SOLEBAY (D70), navio chefe, HMS ST. KITTS (D18), HMS GRAVELINES (D24) e HMS CADIZ (D79), que foram atracar à doca nº 1 – lado Sul – topo Oeste, permanecendo cerca de três dias, aproveitando a visita, após manobras navais, para descanso da guarnição de cerca de 1.500 homens, que desembarcados, espalharam-se por Matosinhos/Leça, Gaia e cidade do Porto, dando um certo colorido com os seus uniformes, e alguns “drinks”. Vários eventos foram organizados pelas autoridades locais em honra das guarnições dos quatro “destroyers”, os quais foram conduzidas, respectivamente pelos pilotos Elísio da Silva Pereira, José Fernandes Amaro Júnior, Manuel Pereira e Luis Ventura.
Aquelas unidades da “Home Fleet” com base em Portsmouth, passados os três dias de estadia, deixaram o porto de Leixões de rumo ao porto de Setúbal, onde desgraçadamente quatro elementos da guarnição perderam a vida, quando o automóvel em que se faziam conduzir despenhou-se nas águas do Sado, junto à proa das suas unidades.
O HMS SOLEBAY e o HMS GRAVELINES voltaram a Leixões, em visita de cortesia, a 19/03/1953.
Este tipo de “destroyers”, em minha opinião, foram dos mais belos, que alguma vez vi.
HMS SOLEBAY (D70)
HMS ST. KITTS (D18)
HMS GRAVELINES (D24) -
HMS CADIZ (D79) –
Fonte: José Fernandes Amaro Júnior, Wikipedia, Imprensa diária
(continua)
Rui Amaro

ATENÇÃO: Se houver alguém que se ache com direitos sobre as imagens postadas neste blogue, deve-o comunicar de imediato. a fim da(s) mesma(s) ser(em) retirada(s), o que será uma pena, contudo rogo a sua compreensão e autorização para a continuação da(s) mesma(s) em NAVIOS Á VISTA, o que muito se agradece.
ATTENTION. If there is anyone who thinks they have “copyrights” of any images/photos posted on this blog, should contact me immediately, in order I remove them, but will be sadness. However I appeal for your comprehension and authorizing the continuation of the same on NAVIOS Á VISTA, which will be very much appreciated.