CICLONE DE JANEIRO
DE 1941 FUSTIGOU OS PORTOS DO DOURO E LEIXÕES
A 20/01/1941, o
país estava a ser fustigado por um violento temporal, que já ocasionara muitos prejuízos. O Rio Douro aumentava o volume de água na Régua, quase cinco metros
acima do nível da escala. Nos portos do Douro e Leixões às 16h00, por ordem do
Chefe do Departamento Marítimo do Norte, que recebera comunicação do Ministério
da Marinha, foi içado nas respectivas capitanias o sinal Nº 5, que anuncia a aproximação
de ciclone, pelo que foram tomadas todas as previdências.
O piloto-mor
ordenou a ida de pilotos para o rio, para qualquer emergência, sendo escalados
os pilotos João Pinto de Carvalho, para cambar o navio-motor Português SECIL,
da Carbonífera para o Monchique. O piloto Cristiano Machado foi mudar o arrastão
bacalhoeiro SANTA JOANA para o lugar do Cavaco; NRP ZAIRE, piloto Luís dos
Santos Ventura; vapor Norueguês TEJO, piloto António Gonçalves dos Reis, estes
foram para bordo para orientar o reforço das amarrações e permaneceram a bordo;
lugre bacalhoeiro Português GRANJA, piloto José Fernandes Amaro Júnior, que não
ficou a bordo, porque o seu capitão o dispensou; lugre Português RAINHA SANTA
PRINCESA, piloto Francisco Soares de Melo. Nova escala: vapor Norueguês TEJO,
piloto Aires Pereira Franco; arrastão bacalhoeiro SANTA JOANA, piloto António
Duarte; navio-motor SECIL, piloto Tito dos Santos Marnoto, estes pilotos permaneceram
a bordo 24 horas. O piloto da canhoneira NRP ZAIRE esteve a bordo 36 horas,
tendo sido substituído pelo piloto Tito dos Santos Marnoto. A 21/01/1941 os
pilotos fizeram turnos durante a tarde e a noite, no Departamento e na Corporação,
ou seja das 16h00 às 20h00, pilotos Júlio Pinto de Carvalho, Eurico Pereira
Franco. Das 20h00 às 24h00, pilotos António Gonçalves dos Reis e Joaquim Matias
Alves. Das 24h00 às 04h00 do dia 22/01/1941, pilotos José Fernandes Amaro
Júnior e Aires Pereira Franco. Das 04h00 às 08h00, Francisco Soares de Melo e
António Duarte.
A cheia começou a decrescer e a barra alargou pelas pedras da Prolonga. Na ocasião do início do temporal,
também foram pilotos do Douro para Leixões, a fim de ajudar os seus colegas daquele
porto, e tomaram conta do lugre Português MILENA, Jaime da Silva Martins; vapor
Português COSTEIRO SEGUNDO, piloto João dos Santos Redondo; vapor português
SANTA IRENE, piloto Manuel da Silva Pereira, até o mau tempo ter amainado.
Fonte: José Fernandes
Amaro Júnior
(continua)
Rui Amaro
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