O VAPOR SUECO "HANNAH" ENCALHA
NO ENROCAMENTO DO QUEBRAMAR DO ESPORÃO DO PORTO DE LEIXÕES
O HANNAH transportando um carregamento de pranchas de madeira (timber), possivelmente no Báltico / foto de autor desconhecido /.
A 23/10/1940,
pelas 07h00, o vapor Sueco HANNAH que se encontrava ao largo, suspendeu e aproximar-se
da costa, foi ao encontro da lancha P4, dos pilotos da Cantareira, que andava
em serviço de pilotagem da navegação destinada ao rio Douro.
Como aquele
vapor, que tinha chegado de madrugada procedente de Cardiff, com um
carregamento de cerca de 1.400 toneladas de carvão para o porto de Leixões, o
cabo-piloto Manuel de Oliveira Alegre, instruiu o capitão para se aproximar da
entrada do porto de Leixões e aguardar a vinda da lancha P1, que lhe forneceria
o respectivo piloto, o qual orientaria a entrada do seu vapor naquele porto.
O capitão do
HANNAH assim procedeu, e conservando a bandeira G, pedindo piloto, e desconhecendo
o enrocamento do quebra-mar do Esporão, que malgrado não estava assinalado, e
que na ocasião parecia submerso, devido à maré alta, foi-se acercando demasiado
dos molhes, sem que lhe aparecesse a lancha dos pilotos do porto de Leixões e
sem prever o perigo, acabou por embater e encalhar no referido enrocamento, sem
possibilidade de se safar, acabando por ser considerado perda total
constructiva. O enrocamento pertencia ao então novo quebra-mar cuja construção
estava paralisada, por abandono do respectivo empreiteiro estrangeiro, devido à
situação de guerra.
Culpas do
acidente foram imputadas aos pilotos de Leixões, por tardarem em abordar o
HANNAH, mas segundo constava a atracação estaria para mais tarde.
A 17/11/1940, devido à forte ondulação originada por uma enorme tempestade que se abateu sobre a região Norte, o HANNAH, que permanecia encalhado, começou a ser desfeito pela agitação marítima, acabando por desaparecer por completo.
A 17/11/1940, devido à forte ondulação originada por uma enorme tempestade que se abateu sobre a região Norte, o HANNAH, que permanecia encalhado, começou a ser desfeito pela agitação marítima, acabando por desaparecer por completo.
O HANNAH encalhado no enrocamento do esporão do porto de Leixões / foto de autor desconhecido /.
HANNAH – imo
1108756/ 76m/ 1.196tb/ 10nós; 08/1898 entregue pelo estaleiro Shearer, Kelvinhaugh,
como ACHROITE a William Robertson Shipowners, Ltd, Glasgow; 29/01/1901
ACHROITE, em viagem de Lowestoft para Cardiff em lastro, devido a danos no hélice,
foi rebocado pelo rebocador CLEVELAND e assistido pelo rebocador CHALLENGER à
entrada do porto de Newhaven; 1930 HANNAH, G. H. Dahlgren, Suécia; 23/10/1940
naufragou por encalhe à entrada do porto de Leixões.
Fonte: José
Fernandes Amaro Júnior; Miramar Ship Index; The Glasgow Herald.
(continua)
Rui Amaro
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